Grupo é suspeito de lavar R$ 90 milhões do tráfico de drogas dizendo que era para estudantes de medicina

Operação da PF contra os envolvidos é realizada em MS e no MA. Investigação aponta lavagem de dinheiro, evasão de divisas, associação criminosa e peculato

Da Redação


Uma quadrilha suspeita de lavar R$ 90 milhões do tráfico de drogas dizendo que dinheiro era para estudantes de medicina na Bolívia, é alvo de operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (17), em Mato Grosso do Sul e no Maranhão.

O grupo é investigado pelos crimes de evasão de divisas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, que só pode ser atribuído a funcionários públicos, pois a suspeita é de envolvimento de ao menos um.

De acordo com a PF, o objetivo da ação é cumprir cinco mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em Corumbá, cidade sul-mato-grossense que fica na fronteira com a Bolívia, e em Imperatriz.

Até a publicação desta reportagem já havia sido apreendido dinheiro, computador, cartões bancários, caderno com anotações e celulares.

Como funcionava?

Investigação da PF, com apoio da Receita Federal, apontou que um grupo de pessoas fazia saques em agências bancárias de Corumbá e, com o dinheiro em mãos, depositava em casas de câmbio de Puerto Quijarro e Puerto Suarez.

Os investigadores verificaram que o dinheiro sacado era proveniente do tráfico de drogas e que o esquema foi feito durante quatro anos, movimentado R$ 90 milhões. Foi descoberto ainda que o grupo abria empresas de fachada para fazer circular o que era arrecadado com o crime.

Os alvos da operação, denominada “Hipócrates” em referência ao filósofo grego pai da medicina, também tiveram bens móveis e imóveis apreendidos, contas bloqueadas e empresas fechadas. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Campo Grande.

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